Todos nós já sentimos saudade de algo ou até mesmo de alguém. Às vezes sem sabermos bem como ou porquê, essa pessoa vem-nos à cabeça, invade os nossos pensamentos e leva-nos juntamente com a saudade. Por mais que sejam as vezes que a tentemos evitar ou até mesmo negar, a verdade é que ela está lá. E por vezes só damos conta dela, quando já estamos a reler todas as conversas, a reviver todos os momentos... quando nos abstraímos por completo do mundo à nossa volta. É irónica a forma como nos conseguimos concentrar numa coisa apenas, numa coisa capaz de nos arrasar em segundos: a saudade. Há maior assassino que ela? É como se um veneno nos tivesse sido injetado nas nossas veias, já frágeis, e se espalhasse, como que em segundos, por todo o nosso corpo tornando-o vulnerável. Vulnerável ao toque, ao cheiro, a todas aquelas palavras um dia ditas e agora reescritas na nossa mente. É como se a nossa alma tivesse partido com a pessoa, deixando-nos a sós com a saudade.